O regresso à Quinta do Sampayo foi também um despertar. Imediatamente percebemos que não podíamos manter a cultura das vinhas de um modo tradicional e indiferente. Sem cuidar, sem valorizar e sem amar. A terra é o activo mais valioso da Quinta do Sampayo.

Tomámos consciência que o solo não podia ser visto como um mero suporte de uma cultura. O solo é muito mais do que isso. É a alma mater do vinho pois de solos saudáveis obtemos uvas sãs e maduras que permitem fazer vinho com a mínima intervenção na adega. Um vinho honesto e fiel, com sabor a uva, que nos leva até à gente da nossa terra e à nossa Quinta.

Esta forma de vida, de interpretar o solo, a natureza e a comunidade é uma linha condutora que guia os nossos princípios de sustentabilidade. Numa visão 360º exercemos práticas sustentáveis e regenerativas nas culturas e na adega. Sem esquecer a comunidade e a tradição, incluímo-las no nosso dia-a-dia, trazendo a comunidade para Quinta ou levando a Quinta até à comunidade.

As nossas decisões são pautadas por esta filosofia, que pomos em movimento todos os dias. Sabemos que temos a responsabilidade de manter e melhorar a terra que temos, de onde tiramos o fruto que faz o nosso vinho.

Vivemos com a consciência de que somos guardiões temporários desta terra, e com a responsabilidade de a deixar ainda mais viva para os que hão de vir.

Na Quinta do Sampayo, tudo começa no solo. E é nele que, todos os dias, renovamos o nosso compromisso com a vida, com o vinho e com o mundo.